BRASÍLIA - “A cheia dos rios no Amazonas já atinge diretamente mais de 340 mil pessoas, distribuídas em mais de 85 mil famílias”, explicou o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM), ao questionar o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional sobre as consequências da cheia dos rios no Amazonas.

O parlamentar destacou que dos 62 municípios do estado, 29 já decretaram situação de emergência, 28 estão em alerta, três em atenção e apenas dois permanecem em normalidade, o que significa que praticamente todo o território amazonense está sendo afetado, em diferentes graus, pela subida das águas.

“A necessidade de suprimentos básicos como água potável, alimentos e medicamentos se tornou urgente em toda a região afetada. E o fenômeno ainda não atingiu seu pico”, disse. 

Diante da situação alarmante que afeta a população amazonense, o parlamentar cobrou do Ministério, planejamento para minimizar os impactos das enchentes recorrentes nas comunidades ribeirinhas, políticas de desenvolvimento regional com estratégias de adaptação às mudanças climáticas e investimentos em infraestrutura de transporte e comunicação para garantir acesso permanente das pessoas. 

Outra preocupação expressa pelo deputado, é a área da saúde, visto que todas as nove calhas de rios seguem em elevação, com os picos previstos entre março e julho. Esse indicativo mostra que a situação pode agravar ainda mais nos próximos meses. 

“A situação de saúde é particularmente preocupante, com hospitais e postos de saúde sobrecarregados e comunidades isoladas tendo dificuldade de acesso a atendimento médico. A falta de oxigênio e medicamentos essenciais agrava o quadro em várias localidades”, declarou Capitão Alberto Neto.