BRASÍLIA – Nesta segunda-feira, 02/06, o deputado federal Capitão Alberto Neto cobrou do Ministro dos Transportes, Renan Filho, soluções sobre o rompimento da barragem emergencial na BR-319, ocorrido no fim de semana, e que deixou mais de 4 milhões de amazonenses novamente isolados do resto do país.

“Esta nova interrupção representa mais um golpe para uma população que já convive com a precariedade crônica de sua única ligação rodoviária com o Brasil. A barragem foi construída como medida emergencial e agora, nem mesmo essa solução paliativa resiste, evidenciando a fragilidade das obras que tentam mascarar décadas de negligência com a infraestrutura amazônica”, declarou. 

O rompimento de barragem interditou totalmente o acesso à balsa no km 24 da BR-319, na travessia do rio Curuçá. O trecho segue interditado, sem previsão de liberação. A interdição da ponte afeta significativamente a logística regional, aumentando o tempo de viagem e os custos de transporte. 

“A interrupção da travessia prejudica diretamente o comércio e o acesso dessas populações. A definição como "via essencial" soa como uma cruel ironia quando se trata de uma estrada que permanece intransitável, abandonada pelos sucessivos governos que preferem ignorar a realidade amazônica”, disse. 

O parlamentar lembrou que a ponte do rio Curuçá desabou em 2022, deixando cinco pessoas mortas e 14 feridas, e quase três anos após a tragédia o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, ainda não concluiu as obras da nova ponte, agora está prevista para setembro, mas que segue prejudicando o povo amazonense.

“O atual rompimento da barragem emergencial ilustra perfeitamente o ciclo vicioso de abandono, estruturas improvisadas e soluções paliativas. Essa nova interrupção, aprofunda ainda mais o isolamento, confirmando que para o poder público, a Amazônia continua sendo uma região distante, esquecida, onde a promessa de integração nacional jamais saiu do discurso político para se tornar realidade concreta nas estradas”, afirmou Capitão Alberto Neto.